O coronavírus é a sexta emergência internacional (PHEIC) declarada pela OMS. A primeira foi a gripe A (H1N1), entre 2009 e 2010, propagada a partir do México. Segundo o Regulamento Sanitário Internacional, a declaração de emergência não se deve ao número de casos, à letalidade de uma doença ou mesmo ao desempenho dos países que são seu epicentro. O que motiva tal declaração é o risco de propagação internacional da ameaça, além da necessidade de coordenação intergovernamental da resposta. No plano das relações internacionais, há um elemento decisivo na nova emergência: o de ter a China como epicentro. A relevância econômica e o regime político da China são complicadores que a OMS deverá gerir com máxima cautela durante esta emergência. Devem ser igualmente objeto de cautela as liberdades fundamentais e a dignidade das pessoas.